Bobbio

No tópico Democracia Representativa e Democracia Direta do trabalho sobre o Futuro da Democracia de Norberto Bobbio, 1986, o teórico parte de uma constatação consensual: a exigência frequente nas ultimas décadas, de uma maior democracia, sobretudo, a forma direta. Tal exigência não é recente desde a sua formulação por Rousseau, já se havia, basta notar que uma das suas afirmações aponta para o fato de que ‘’a soberania não pode ser representada’’. Entretanto o pai da democracia estava convencido de que uma verdadeira democracia, jamais existiu ou existirá, pois esta requer muitas condições básicas para efetivar-se. Primeiro por que é necessário ser um estado pequeno no qual seja fácil para os cidadãos reunirem-se. Em segundo, não haver muitos costumes diferentes, disparidades na posse de bens, divergências extremas e igualdades de condições .
Bobbio reflete acerca das contradições existentes no exercício do regimes democráticos, abarcando as diferenças entre democracia direta, acentuando o contexto com a analise do estado parlamentar.

Rousseau que conclamou indivíduos, repentinamente, para exercer seus deveres de cidadãos, tornando-se cidadão total (como apontou Dahendorf). Visto como o outro lado da moeda tão ameaçadora quanto o estado total.Isto direcionou à democracia rouseauniana rótulos como: democracia totalitária.
A relação cidadão total versus estado total tem como princípio em comum: que tudo é política, tudo reduz-se aos interesses da polis, a eliminação da esfera privada na pública. Não é fácil compreender quando se anuncia a fórmula ‘’ da democracia representativa à democracia direta.As fórmulas políticas tendem a apresentar a direção à nível máximo, ainda que ambíguas ou vagas, o que mais importa é suscitar as emoções, ao contato com certa realidade.
Debruçar sobre isto é o que pretende Bobbio neste estudo acerca do futuro da democracia.Partindo pela democracia representativa em que muitas inequivocamente considera sinônima ao estado