BOBBIO E A FILOSOFIA

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Em princípio Bobbio apresenta a clássica distinção entre juízo de valor e juízo de fato, circunscrevendo a ciência apenas na álea deste último. O juízo de fato está ligado à finalidade meramente informativa, enquanto o juízo de valor representa a tentativa de influenciar outros atores sob nossa perspectiva, ou seja, tem caráter opinativo. Para o autor, o que há de novidade na epistemologia dos autores a partir, sobretudo, da Modernidade é esta separação na qual o cientista pretende a pura objetividade, excluindo a toda força qualquer traço de juízo valorativo.
Esta atitude que nasce nas ciências exatas se espalha também para as ditas ciências sociais e, dentre elas, para o Direito pela via do Positivismo. O juspositivista compreende o Direito assim na sua construção social e histórica, com as mazelas e benesses que ocasionalmente venham a causar, sem lhes atribuir o título de "bom" ou "ruim", pois está engajado com o Direito real, não o ideal. A este respeito, Adeodato argumenta:
A confusão das regras éticas de base do ordenamento jurídico. Esse terceiro equívoco tem dois lados. O primeiro lado é achar que há e inclusive que se pode determinar quais são os limites para as escolhas éticas do direito. Ora todo direito faz opções éticas. Se existe uma regra em dada sociedade, qualquer que seja o seu teor, é porque o conteúdo valorativo dessa regra é querido pelos poderes constituídos daquela sociedade. (...) O equivoco a se evitar é achar que algum desses conteúdos éticos em conflito é o único correto, aquele que vale independente dos processos sociais, vale por si mesmo, é o critério de legitimidade do direito positivo. [01]
Contrapondo este viés positivista, tem-se a linha jusnaturalista, para a qual o direito ideal deve guiar as rédeas para determinar como deve, ou deveria ser, o direito real. Nesse viés, descreve-se que o direito é um conceito amplo, incluindo a positividade propriamente dita e outros elementos que também pertenceriam ao domínio jurídico,

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