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LEMLE, M. Guia Teórico do Alfabetizador. série princípios 104. São Paulo :Editora Àtica, 2005. pag. 7-35
RESUMO
GUIA TEÓRICO DO ALFABETIZADOR
AS CAPACIDADES NECESSÁRIAS PARA ALFABETIZAÇÃO

A autora em seu livro Guia teórico do Alfabetizador o momento crucial de toda a sequência da vida escolar é o momento da alfabetização. Por isso que o professor além de conhecimentos básicos, precisa de outros dons para se sair bem, ele deve ter respeito pelos alunos e ter criatividade, inventibilidade, iniciativa, combatividade e fé em sua capacidade de tornar este mundo melhor.
Afirma que, se os professores trabalharem preparados e conhecerem os vários aspectos e sequência de sua tarefa, dominando os instrumentos de trabalho necessário, a alfabetização acontecerá como uma conseqüência natural neste processo.
Os instrumentos de trabalho de um alfabetizador são abstratos e incluem alguns conhecimentos básicos sobre sons da fala, letras do alfabeto e língua.
Para Lemle, uma criança que ainda não consiga compreender o que seja uma relação simbólica entre dois objetos não conseguirá aprender a ler.
As letras para quem ainda não se alfabetizou são risquinhos pretos na pagina branca. O aprendiz precisa ser capaz de entender que cada um daqueles risquinhos vale como símbolo de um som de fala que o aprendiz deve discriminar como letras. As letras do alfabeto têm formas bastante semelhantes, e por isso a capacidade de distingui-las exige refinamento na percepção.
Tomemos alguns exemplos: a letra p e a b diferem apenas na direção da haste vertical, colocada abaixo da linha de apoio ou acima dela.
O b e o d, diferem apenas na posição da barriguinha em relação à haste. O p e o q, diferem entre si por esse mesmo traço, isto é, a posição da barriguinha, um a sem o seu cabinho passa ser o e assim por diante.
Miriam Lemle exorta que um dos problemas para o aprendiz é a conscientização da percepção auditiva, se as letras simbolizam sons da fala é preciso saber ouvir