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Capitulo V: 1963 a 1965 – DA CLANDESTINIDADE AO ESCÂNDALO
1963: AGUARDANDO O GOLPE DE 64
- A versatilidade de “O Globo”: Logo após renúncia de Janio Quadros, o vice João Goulart sofria com grande oposição dos jornais, inclusive de O Globo. Jango estava para realizar o plebiscito que decidiria a permanencia do parlamentarismo ou a volta do precidencialismo, que também era criticado pelos jornais. Nesse meio tempo, O Globo recebe um “empréstimo’’ da Caixa econômica no valor de 240 milhões de cruzeiros. No dia seguinte, dia da realização do plesbicito, O Globo defende o presidente e a votação. No dia após o plebiscito, o jornal volta à oposição. Uma prova de como o Sr. Roberto Marinho podia mudar rapidamente de linha política.
- Mais Dólares: No contrato principal entre Time-Life/Globo, o prédio com as instalações da tv globo deveria ser concluido até 1º de julho de 1963 e em 1º de outubro a emissora já deveria estar operando. Isso não aconteceu, mesmo assim a Globo continuou recebendo remessas de dólares.
- A comunicação devolvida: Na CPI Globo/Time-Life, Roberto Marinho revelou que havia comunicado a João Goulart a existência dos contratos, mas não divulgou a data em que Jango ficou sabendo, através de ofício. O ofício foi examinado e devoldido pelo Conselho Nacional de Segurança.

1964: A ESTRATÉGIA EM PRÁTICA
- A primeira manobra oficial: Em 27 de maio de 64, Roberto Marinho envia o contrato de assistência técnica entre a TV Globo e o grupo Time-Life para registro na SUMOC (antiga Superintendência da Moeda e do Crédito, depois transformada no Banco Central). Porémo documento enviado não pode ser aceito por conta de rasuras e pedaços manuscritos, desse jeito a cópia foi devolvida a Roberto Marinho e a SUMOC ficou no aguardo de uma cópia limpa. Na CPI Globo/Time-Life Roberto Marinho reconhece a falha. Até 27 de Julho de 1966 a Glob não enviou nenhum outro documento além do rasurado para o banco central.
- Outubro de 1964; A estratégia revelada: