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Topologias básicas de conversores CC-CC com isolação
J. A. Pomilio
2 Topologias básicas de conversores CC-CC com isolação
Em muitas aplicações é necessário que a saída esteja eletricamente isolada da entrada, fazendo-se uso de transformadores. Em outros casos, o uso de transformadores é conveniente para evitar, dados os valores de tensões de entrada e de saída, o emprego de ciclos de trabalho muito estreitos ou muito largos.
Em alguns casos o uso desta isolação implica na alteração do circuito para permitir um adequado funcionamento do transformador, ou seja, para evitar a saturação do núcleo magnético.
Relembre-se que não é possível interromper o fluxo magnético produzido pela força magnetomotriz aplicada aos enrolamentos.
2.1
Diferenças entre um transformador e indutores acoplados
Em um elemento magnético a grandeza que não admite descontinuidade é o fluxo magnético. De acordo com a lei de Faraday, a variação do fluxo magnético produz uma força dΦ eletromotriz proporcional à taxa de variação deste fluxo: e = −
. Deste modo, uma dt descontinuidade no fluxo produziria uma tensão infinita, o que não é possível. Na prática, a tentativa de interrupção de um fluxo magnético produzido pela circulação de uma corrente, leva ao surgimento uma tensão grande o suficiente para que a corrente (e o fluxo) não se interrompa.
Em outras palavras, a energia acumulada no campo magnético não pode desaparecer instantaneamente. No caso ilustrado na figura 2.1, o aumento da tensão produzido pela tentativa de abertura do interruptor leva ao surgimento de um arco que dá continuidade à corrente (e ao
L⋅I2 fluxo) e dissipa a energia anteriormente acumulada no campo magnético
2 .
arco
i
i
e’
E
L
R
e’
I
L
E
R
t
Figura 2.1 Processo de interrupção de corrente (fluxo magnético).
Quando se analisa um circuito elétrico, resulta da lei de Faraday a equação do indutor: di vL = L ⋅ . No