Bissexualidade na juventude soteropolitana

14889 palavras 60 páginas
1. INTRODUÇÃO

A contemporaneidade é caracterizada pela ocorrência de intensas transformações sociais, como o nascimento da ideologia hippie, que teve como marco o Festival de Woodstock, a afirmação da independência feminina e o reconhecimento da mulher como agente social. Tais mudanças possibilitaram a diversidade e a pluralidade de identidades e sexualidades. Dessa forma, a diversidade sexual como a bissexualidade, ganha voz e força criticando assim, o modelo tido como ideal: a heterossexualidade.

Não só os adultos têm se descoberto como bissexuais, mas também os jovens e inúmeros pré-adolescentes, o que faz surgir uma dúvida: será que essa atitude dos jovens é algo espontâneo, uma tendência, moda ou influência da mídia? Nesse sentido, o presente memorial se dedica a discutir a bissexualidade na juventude através de uma grande reportagem televisiva.

Segundo a sexóloga e ginecologista, Alcione Bastos¹, especialista em reprodução, a bissexualidade é a capacidade de sentir prazer sexual com pessoas de ambos os sexos e não apenas ter fantasias ou uma ou outra experiência levada às vezes por simples curiosidade ou circunstância. Apesar de a sociedade contemporânea possibilitar uma maior pluralidade sexual, percebemos que os homossexuais ainda sofrem em decorrência do preconceito, mas será que esta sociedade está preparada para aceitar e respeitar os bissexuais?

É nítido que a bissexualidade vem sendo discutida na atualidade com muitas ressalvas. A mídia vê o assunto ainda com pudor e polêmica, isso fica claro ao analisar o momento em que a cantora Ana Carolina afirmou publicamente ser bissexual. Na época, a revista Veja estampou como capa da edição 1936, (21 de dezembro de 2005) a seguinte frase: “Sou Bi e daí?”, atitude essa que pode significar uma maior abertura da sociedade brasileira para discutir o assunto, porém, o fato dessa temática ganhar destaque como matéria principal, pode indicar a falta de naturalidade da mídia em mencionar as

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