Biologia

A Hanseníase, nome atual e correto para doença que era mais conhecida como Lepra, é causada por um bacilo, um tipo de bactéria, chamado Mycobacterium leprae, que ataca principalmente a pele e os nervos periféricos, podendo causar manchas avermelhadas ou esbranquiçadas, perda da sensibilidade térmica e pode até mesmo provocar deformidades no infectado, impedindo alguns movimentos, em estágios mais avançados. Não se tem um número especifico de infectados pela doença, nem seu ápice, por ser uma doença que tem registro desde o antigo Egito e era chamada de Lepra, que não era especifica, por nomear qualquer mancha na pele. Mas os dados atuais dizem que cerca de 40 mil novos casos são identificados a cada ano. É uma doença que implica grande impacto social, até a década de 70, se isolavam as pessoas em leprosários, os excluindo da sociedade totalmente. O descobridor da doença, Armauer Hansen, era norueguês, e descobriu o agente etiológico da mesma no ano de 1872, o que causou uma revolução, já que a doença era considerada castigo divino por muitos religiosos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o Brasil está entre os líderes em casos de hanseníase no mundo, ficando apenas atrás da Índia, índice que se deve muito ao fato da renda de nosso país ser mal distribuída, provocando o amontoamento de pessoas em ambientes fechados e sem ventilação, o que ajuda na transmissão, que é dada pelas vias respiratórias. Uma solução para erradicação da doença seria o governo proporcionar melhores condições de vida para a população como um todo. Apesar de não ser transmitida facilmente, a doença tem cunho principalmente social, pois é transmitida em situações onde a qualidade de vida é ruim. Hoje em dia, a doença tem cura, e é feita por meio de antibióticos orais, e o tratamento é feito gratuitamente pelo sistema público de saúde, além de não ser mais necessário o isolamento do paciente. A cura é dada em 80% dos casos, e o tratamento dura de 9 a 36 meses, dependendo do estágio.