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O SER HUMANO É “PARA A VIDA” E
“PARA A MORTE”1
Com o filósofo Senéca, entendemos que
“não caímos subitamente na morte, mas avançamos até ela passo a passo.
Morremos todos os dias, pois todo dia nos é tirada uma parte da nossa vida: à medida que a idade aumenta, a nossa vida diminui. Perdemos a infância, depois a adolescência, em seguida a juventude: até o dia de ontem, todo o tempo que passou morreu. Mesmo o dia que estamos vivendo, nós o partilhamos com a morte! Não é o ultimo grão de areia que esvazia a ampulheta, mas todos os que caírem antes: assim sendo, a última hora, a do nosso fim, não é a única que provoca a nossa morte, mas a única a levá-la a termo”.
Sêneca, embora tendo influenciado muito a moral cristã com sua filosofia estóica, não tinha certeza da imortalidade da alma ou da vida depois da morte, mas via a morte como final do percurso natural dos seres vivos. Em muitos casos, segundo ele, a morte é libertação do peso da existência.

Prazo de validade
Nascemos com prazo de validade, mas temos medo de considerar a morte como coisa nossa. Por isso dizemos, sempre de forma impessoal, “todos morrem”, “ a gente morre”! Podemos fazer a experiência da perda de entes queridos, diversas vezes, mas uma só será a nossa experiência. A morte “impessoal”

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Mundo jovem

10 (226) – novembro/2004

tornou-se banalidade. Talvez tenha sido essa uma das heranças do século XX, que soube construir as mais eficientes máquinas de fazer mortes, nas suas tantas guerras. É a banalidade da morte do outro, principalmente se for “pra lá de Bagdá”, ou mesmo em Bagdá.
Quando escrevo essas linhas, leio no jornal que “a violência prosseguiu ontem no Iraque, com ataques terroristas e choques com forças americanas fazendo ao menos 69 mortos e 114 feridos”. Isso tudo logo após uma chacina de crianças numa escola russa. Mas ela também esta perto, nos assassinatos covardes de moradores de rua em cidades brasileiras. Para que

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