biologia marinha

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

2011/2
INTRODUÇÃO:
O costão rochoso é um sistema costeiro de transição entre o ambiente marinho e o terrestre que recebe um grande aporte de nutrientes possuindo grande biomassa e alta produção primária. Sua grande diversidade somada a limitação de espaço devido a superfície bidimensional gera fortes interações ecológicas (Pereira & Soares-Gomes, 2009). A co-ocorrência de varias espécies apesar da bidimensionalidade é explicada pelos distúrbios freqüentes que o ambiente sofre(fatores físicos e predação) gerando espaço para recolonização.(Nybakken 1993) Neste ambiente os organismos encontram-se dispostos em faixas horizontais onde cada zona apresenta diferenças na coloração e morfologia de seus indivíduos dominantes, esta distribuição recebe o nome de zonação(Nybakken, 2004). Stephenson and Stephenson(1949) propuseram um esquema mundial de zonação que é apresentado abaixo com algumas modificações:
Supralitoral: áreas de respingo, ausência de organismos sésseis
Médio litoral: zona entre marés que pode ser subdividido em: a) superior (franja do supralitoral)- marcada pelas cracas* b) médio c) inferior (franja do infralitoral)-marcada pelo Sargassum* *no Brasil.
Infralitoral: área constantemente emersa. A zonação é resultado de fatores físicos como as marés que refletem em diferentes tolerâncias a dessecação, o hidrodinamismo que afeta o potencial de fixação dos organismos, somados a fatores biológicos como a competição, predação, herbivoria e recrutamento (Nybakken, 2004). Estes fatores atuam em intensidades diferentes ao longo do costão como mostra o esquema:

Os fatores têm relevâncias diferentes na estruturação da comunidade de acordo com o grau de estresse ambiental, como mostra o gráfico.

O objetivo da prática consistia em determinar o padrão de zonação dos organismos em um transecto de um costão horizontal de Angra dos Reis na Ilha do Bonfim.

MATERIAIS E MÉTODOS: