Biografia de Antônia Carlos Magalhães ( ACM)

Médico e Jornalista, Antônio Carlos Magalhães (ACM) entra na politica em 1954, quando eleito pela União Democrática Nacional (UND). Sua vida politica começa com grande influência de Juraci Magalhães, onde o mesmo era tenente de 22, revolucionário de 30, ministro de Vargas, interventor na Bahia, fundador da UDN e governador da Bahia. Ao contrário da maioria dos udenistas, Juraci era amigo de Juscelino e manteve com o presidente excelentes relações durante o período JK. Apoiou a construção de Brasília e veladamente impediu que a UDN lacerdista complicasse mais do que complicou a vida de Juscelino.
Em sua vida pública viria a ser chamado “cacique baiano”, “Toinho Malvadeza”, onde teve uma trajetória de alianças e posicionamentos sempre a favor dos governantes no poder. A trajetória do “coronel baiano” é hoje nacionalmente conhecida pelos seus métodos suspeitos e comprovadamente antidemocráticos de fazer política.
Com seu entusiasmo político, o carisma irretocável e a ambição desmedida são apreciações de um grande politico. Essas características são relacionadas ao homem que ocupou quase todos os cargos executivos e legislativos do país, em pouco mais de meio século de carreira. A construção da memória, das atitudes, e das ideologias para esse artifício devem ser levadas em conta. A abordagem do conjunto da elite reerguida pelo golpe de 1964 é um aspecto significativo. Segundo João Carlos Teixeira Gomes publicou, em 2001, pela Geração Editorial, o livro Memória das trevas: uma devassa na vida de Antônio Carlos Magalhães relata antipatia de ACM ao Antagonismo do Jornal da Bahia. Nesse livro o autor revela uma face de ACM autoritária e aziagas da elite baiana durante a ditadura civil militar.
.O conhecido jornalista Marcos Sá Corrêa chegou a escrever que ACM:
“... É, de longe, o político brasileiro que melhor trafica com a moeda de mais alta cotação nesse mercado, a única universalmente válida para comprar espaço na imprensa ano após ano, regime após regime.