Biocorantes

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1 INTRODUÇÃO
Os órgãos dos sentidos do ser humano captam cerca de 87% de suas percepções pela visão, 9% pela audição e, os restantes 4% por meio do olfato, do paladar e do tato. A percepção da cor não se refere apenas à habilidade do homem em distinguir a luz de diferentes comprimentos de onda. A cor é o resultado produzido no cérebro pelo estímulo recebido quando a energia radiante penetra nos olhos, permitindo a distinção do verde, do azul, do vermelho e de outras cores. [1]
A qualidade dos alimentos, além de suas características microbiológicas baseia-se, geralmente, na cor, sabor, textura e valor nutritivo. Dependendo do alimento em particular, estes fatores pesam em graus diversos para avaliar sua qualidade global. De um modo geral, os corantes são sempre considerados como os vilões dos alimentos. De um ponto de vista nutricional ou tecnológico, o uso de corantes alimentícios não é geralmente necessário, então por que usá-los? [2, 3]
Ninguém gosta de sorvete de morango branco, suco transparente, balas brancas sem indicação de sabor. O sentido do paladar está intrinsecamente ligado ao olfato e à visão, desta forma um alimento com a cor característica contribui muito para a aprovação do consumidor. Por esse motivo, a aparência de um alimento concorre grandemente para a sua aceitabilidade, razão pela qual a cor talvez seja a propriedade mais importante dos alimentos, tanto os naturais quanto os processados. [3, 4]
A utilização pelo Homem de corantes de origem animal, vegetal e mineral, é muito antiga. Estes corantes foram usados para adorno pessoal, decorar objetos, armas e utensílios, fazer pinturas e principalmente tingir os têxteis com os quais cobriram o corpo e embelezam as habitações. É de 2600 a.C. o primeiro registro escrito conhecido sobre corantes naturais e relata a sua utilização na China. Muitas substâncias corantes foram obtidas de flores, sementes, bagas, frutos, cascas, madeiras e raízes de plantas. [5]
No entanto a maior parte destes

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