Bilu e joão

Crianças invisiveis

A percepção dos vídeos Crianças Invisíveis os personagens Bilu e João e o contexto de pobreza ofuscado pelos edifícios mostram o grande fosso social entre o rico e pobre de uma forma bem sutil. As imagens de grandes prédios luxuosos contrastando com os pequenos barracos são cenas chamativas que reiteram um contexto de desigualdade fomentado pela especulação e o capital externo das grandes empresas internacionais que vem se instalando em nosso país. Outra que Bilu e João trabalham vendendo latinha e papelão para poder comprar os tijolos para construir sua pequena casinha, para tentar conquistar um espaço. Espaço esse disputado com as grandes multinacionais. Apesar das barreiras impostas pela sociedade excludente as crianças demonstram disposição para sonhar e resistir os desafios enfrentados.

Tanza, Ciro, Uros, Bilu, João e Song Song são alguns dos jovens protagonistas do filme. As suas histórias, falam em nome de milhões de crianças que não têm direito a um nome ou a um rosto: histórias de violação dos direitos humanos, má nutrição e pobreza, mas também de crianças que anseiam por um futuro melhor, mesmo sendo trabalhadores ilegais, crianças forçadas a entrarem nas guerras dos adultos ou jovens vítimas da epidemia da SIDA.
O filme dá voz a essas crianças, tornando-as visíveis e, ao mesmo tempo, comunicando os seus sentimentos e histórias na primeira pessoa. Todas estas diferentes histórias se referem a problemas actuais das crianças. O filme ilustra, de maneira expressiva, a capacidade que as crianças têm para enfrentar, com esperança e força, até as situações mais difíceis.
Milhões de crianças são privadas dos seus direitos pela exploração e pela guerra. Três milhões de crianças em todo o mundo passam fome. Mais de 100 milhões nunca frequentaram uma escola. Crianças Invisíveis é um filme inteiramente dedicado a essas crianças.

Na matéria sobre o filme divulgada em seu site, a Unicef afirma que as crianças invisíveis do Brasil hoje