Biblioteconomia
Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCE)
Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC)
Curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação Análise da Informação (CBG)
Ágata dos Santos Oliveira
DRE: 112036385
Resumo
Origens do copyright e a ideologia do autor
Rio de Janeiro
2014
A tradição oral foi ampliada no tempo e nas distâncias com a grafia das palavras. O texto escrito conviveu com as vozes do povo por muito tempo, sem interromper a sua oralidade. A importância da palavra escrita logo foi reconhecida e valorizada.
Entre os textos produzidos pelos conhecimentos e experiências acumuladas pelas pessoas, estão as manifestações filosóficas e religiosas, que podem tornar-se dogmáticas. A Igreja, no período da Inquisição, restringiu a produção de literatura que fosse contrária aos seus dogmas. Os escritos eram na sua maioria religiosos.
Apenas no contexto da Revolução Industrial, a literatura é vista sob um novo prisma, com o surgimento da indústria editorial. Autores e textos passam a serem vistos como fundamentais na produção de lucro com a arte, valorizando-se a individualidade, o estilo e a beleza como possibilidades de produzir dinheiro. Surge a ideia do copyright, o direito de produzir cópias de textos para produzir lucros.
Mesmo com a invenção da tipografia, livros manuscritos ainda continuavam sendo produzidos no séc. XVII, na Inglaterra. Nas formas contemporâneas de produção, uma pequena quantidade de livros ficaria mais barata se produzida artesanalmente (manuscritos) do que impressos nas máquinas. A lógica industrial já prevalecia sobre a produção literária: grandes quantidades, grandes lucros.
O autor como proprietário foi condição determinante para a expansão do comércio de livros. A imprensa e a comunicação ganharam força e poder econômico desde então, fazendo parte do processo histórico de acumulação de capital em diferentes países.