Biblioteca digital
1. INTRODUÇÃO
No decorrer da evolução humana, várias formas e suportes foram concebidos para registrar e preservar o conhecimento, transcendendo espaço e tempo, tornando-o independente da memória humana e acessível através das gerações. Nessa evolução, um dos principais eventos considerado como elemento chave de transição foi a transformação dos rolos de papiros para os livros de pergaminho, e, posteriormente, a introdução do processo de impressão por Gutemberg, propiciando a multiplicação e circulação de textos de forma mais ágil e consolidando o livro em instrumento clássico para a troca de informação (LANDONI,1993).
A mudança radical sofrida pelo livro naquele momento é da mesma magnitude quando se aplicam as tecnologias de informação e comunicação na produção e divulgação do livro a partir dos últimos anos do século XX.
As bibliotecas digitais, atualmente, fazem parte da agenda de importantes universidades, institutos de pesquisas e organizações voltadas para educação e cultura. Contribuem para a implementação de políticas nacionais e internacionais, conforme exemplos que serão relacionados no próximo item, os quais demandam um instigante e diversificado campo de estudo na área da Biblioteconomia, Ciência da Informação e Sistemas de Tecnologia de Informação e Comunicação.
2. BIBLIOTECAS DIGITAIS
O desenvolvimento de tecnologias da informação e comunicação propiciou a oferta de inúmeros tipos de serviços de informação, proporcionando diferentes possibilidades de estruturação e acesso aos repositórios informacionais. O resultado dessas aplicações resultou na organização de novos conceitos de bibliotecas, os quais foram concebidos a partir dos últimos anos do século XX, como destacou Barker (apud MARCHIORI, 1997):
• Polimídia – que utiliza diferentes tipos de meios independentes para armazenagem da informação.
• Eletrônica – que se refere ao sistema em que os processos básicos da biblioteca são de natureza eletrônica, o que