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Bauman principia este capítulo descrevendo a necessária condição, em relação as formas de se ordenarem espaço e tempo, para que seja possível compreender a ideia de vanguarda e do uso errôneo que dela se faz na contemporaneidade. O autor descreve a vanguarda como um “espaço” diferente no tempo, que precede e prepara o “campo” para um “espaço” maior. Por se tratarem de espaços que se seguem
“(...) não faz muito sentido falar de vanguarda no mundo pós-moderno. Certamente, o mundo pós-moderno é qualquer coisa menos imóvel – tudo, nesse mundo, está em movimento. Mas os movimentos parecem aleatórios, dispersos e destituídos de direção bem delineada (primeiramente, e antes de tudo, uma direção cumulativa (..) ninguém prepara o caminho para os outros, ninguém espera que os outros venham em seguida.”(p.121/-22)
Neste sentido, ao se pensar no movimento da arte ao longo do período que se convencionou chamar modernidade, estamos falando de uma arte que se produziu com a finalidade de questionar e demonstrar o inconformismo quanto ao não cumprimento das promessas estabelecidas como bases fundantes do movimento moderno; principalmente aquelas que se referiam a negação da tradição enquanto forma de organização já obsoleta para o momento. Assim,
“(...) todos olhavam para a condição presente das artes com nojo e aversão, todos eram críticos a propósito do papel atualmente atribuído as artes na sociedade, todos zombavam do passado e ridicularizavam os cânones que este acalentava, todos teorizavam a respeito de seus próprios recursos, atribuindo um sentido histórico mais profundo as suas realizações artísticas; todos seguiram o modelo dos movimentos revolucionários, preferiram agir coletivamente, criaram e coordenaram irmandades semelhantes e seitas, discutiram ardentemente programas comuns e escreveram manifestos; todos olharam para o reino além da arte propriamente dito, encarando as artes e os artistas como tropas avançadas do exército do progresso, precursoras coletivas do

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