Bastidores (Chico Buarque de Holanda)
Bastidores: o drama, o glamour e o sucesso do espírito feminino de Chico
Buarque em Cauby Peixoto
Sucesso na voz de Cauby Peixoto, ‘Bastidores’ é mais uma joia entre tantas outras do poeta Chico Buarque de Holanda. Nela, ele mostra toda a sua capacidade de compor com seu espírito feminino, fazendo versos com dramas e superações de uma jovem cantora de cabaré.
Chico Buarque de Holanda completou setenta anos de idade no ano passado, no qual comemorou com a chegada de mais uma obra que com certeza enriquecerá a nossa literatura. O que iremos abordar aqui é a capacidade e a naturalidade do poeta e compositor em retratar a mulher em suas canções. Nosso foco será a lindíssima canção
‘Bastidores’.
Em 1980, o cantor Cauby Peixoto, lenda viva desde a rádio nacional até os dias atuais, comemorou os seus 25 anos de carreira. O ‘Elvis Presley brasileiro’, como costumava ser chamado nos EUA, não encontrou muito sucesso ou espaço na música nos anos 60 e 70, anos de rock n roll e bossa nova, tropicália e contestação. Mas a comemoração de seus 25 anos acenderia novamente aquela luz digníssima daquele que cantava ‘Conceição’ e ‘Blue Gardênia’. Os considerados maiores compositores daqueles anos foram convidados a compor para um disco comemorativo para Cauby pela Som Livre. Caetano Veloso, aquele jovem apaixonado, escreveu ‘Cauby! Cauby!’, canção que deu nome àquele trabalho. A dupla Roberto e Erasmo Carlos escreveu
‘Brigas de amor’, e Tom Jobim fez ‘Oficina’, todas muito harmoniosas e a altura do artista. Entretanto, foi uma música de Chico Buarque que fez com que Cauby voltasse aos palcos e as luzes, com toda pomba e circunstância merecidas. Nasceu aí
‘Bastidores’.
Sempre extravagante, em uma turnê homônima da música tratada, Cauby subiu ao palco do Maracanã e de frente para Ney Matogrosso, Erasmo Carlos, Caetano
Veloso e um estádio lotado começou: “Chorei, chorei...
Até ficar com dó de mim. E me