Baruch de Espinoza

347 palavras 2 páginas
Baruch Espinoza

“Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”. Albert Einstein.

O holandês nasceu em novembro de 1632, em Amsterdã, numa família de judeus comerciantes que por algum tempo já fugia da Inquisição. Junto com Descartes e Leibniz forma o grupo dos grandes racionalista do século XVII. Sendo de família judaica estudou desde cedo a Bíblia e o Talmude, livros rabínicos, chegando à conclusão de que a Bíblia não representa a verdade sobre Deus e não pede uma leitura racional, uma vez que foi escrita por homens como um mecanismo de adquirir poder. Em sua visão, “Deus é a substância única e nenhuma outra realidade existe fora de Deus”, de modo que a natureza é Deus, e por consequência, tudo o que existe vêm Dele. Porém, como reforçado pela frase de Einstein, o Deus de Espinoza não se interessa pelo destino ou ações dos homens, ele é a harmonia das coisas que estão no mundo. Em adendo a isso o filósofo descendente de portugueses diz que não há vida após a morte porque a alma não sobrevive ao corpo. Esses princípios filosóficos aos quais deu vida lhe renderam em 1656 o Cherém, que é o equivalente hebraico a excomunhão do catolicismo. Para reforçar a quebra do vínculo que tinha com o judaísmo mudou seu nome para Benedito (tradução do seu nome para o latim) e continuou sua obra, agora ainda mais liberto das amarras que sua religião impunha sobre o seu raciocínio filosófico. Suas principais obras são “Princípios da Filosofia Cartesiana” (1663), “Ética” (obra póstuma e a mais relevante de sua carreira) e ”Tratado Teológico-político” (1670). Morreu de bronquite no inverno holandês com 44 anos em 1677, na cidade de Haia. Até 2002, antes da introdução do Euro, seu rosto era estampado nas notas de 1000 florins, nos Países Baixos.

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