barbarie

Tocqueville sugere a procurar, antes de qualquer outra coisa de respostas para suas inquietação ainda hoje validas sobre no perigo que pode representar, para os estados modernos, o desenvolvimento incontrolável do chamado processo democrático individualista. Trata-se de uma democracia diferenciavel do modelo denominado socialista que durante muito tempo marcou o debate nas teorias sociais. Trata-se de uma democracia de igualdade de condições.
Marx, junto à colaboração essencial de Engels, produziu um julgamento do capitalismo jamais visto. Com o manifesto do partido comunista, conclamou todos os trabalhadores, independente de suas nacionalidades, a união contra o capitalismo. O pensamento do autor visa armar ideologicamente o proletariado, demonstrar com rigor cientifico a injustiça essencial do sistema e incitar a classe dominada a lutar por reformas político-econômico- sociais. Trata-se de uma democracia focada no modo como se desenvolve a economia e, portanto, a democracia tocquevilleana de igualdade de condições e não a democracia econômica, que precisa ser investigada, e para a qual as respostas encaminhadas pela esquerda, inclusive a esquerda marxista, não são totalmente satisfatórias. Ocupada durante um longo período com o problema da igualdade material, a esquerda refugia-se nas rencheiras mais ocultas do terreno social e econômico sem se dar conta de que se transforma, aos poucos, não no coveiro da burguesia, mas do proletariado. Com isso negligencia, consideravelmente, a contribuição do pensamento liberal naquilo que poderá ter sido a chamada liberdade política. A esquerda paga, desse modo, um preço excessivelmente alto por descobrir, tardiamente, que uma parte da critica liberal a ditadura das massas, não se dirige apenas ao socialismo. Marx, na verdade, queria superar o capitalismo e para isto utilizou uma justificação pela ciência, ate os dias de hoje, tido como perigosa demais. As demais vê-se uma distinção marcante entre os dois teóricos no tocante