BALAN A MAIS N O CAI PUC
BALANÇA MAS NÃO CAI, MAS CAI SE NÃO BALANÇAR
PEÇA INFANTO JUVENIL DE IVANA ANDRÉS
Argumento: Para salvar a Mãe Terra que parou de balançar, o cipó convoca o balanço, o berço, a rede e a cadeira de balanço a fazerem com que os homens, seus donos, voltem a balançar. Personagens:
Berço
Rede
Balanço
Cadeira de balanço
Cipó
Nenê
Mãe
Executivo
Menino
Menina
Avó
Noite na mata. Sons de grilos e sapos. De repente, raios, trovões, ventania e tempestade. Pios de coruja se alternam com latidos de cachorros. Entra o berço na penumbra.
Berço:
Mãeee.... Paiêee... Socorro! (Chorando) Aiii! Meu pé! (Tropeça e cai desmaiado)
Entra a rede.
Rede:
Virge Maria, que breu! (Tropeça no berço que grita) Quem está aí? Calma, garoto, deixa eu acender uma vela. Tem sempre uma no meu bolso. Ah, aqui está! (Acende a vela) Pronto, já dá para enxergar. Cadê você? Nossa... tão pequeno e aqui sozinho... Não precisa ficar com medo, vem cá. Quem é você? (Tempo) Como se chama, meu bem?
Berço:
Berço.
Rede:
Como?
Berço:
Berço.
Rede:
É nome ou sobrenome?
Berço:
Nome.
Rede:
Bom, se é nome então... é Berço de que?
Berço:
De ninar nenê.
Entram o Balanço e a Cadeira de Balanço.
Balanço:
Eu tenho medo do escuro, vó.
Cadeira de Balanço:
Você já está crescido para ter medo de escuro, Balanço. Já deixou há muito tempo de ser um simples berço. Ou você ainda é um bercinho chorão?
Balanço:
Não sou bercinho chorão não, não sou bercinho chorão não...
Cadeira de Balanço:
Então dá o braço para a vó, que eu tenho medo é de cair.
Balanço:
Por que a senhora me trouxe aqui à esta hora, vó? Só porque eu queria ver a lua na mata?
Cadeira de Balanço:
Não sei, meu filho, não sei... É um impulso irresistível!
Balanço:
O que é um impulso irresistível, vó?
Cadeira de Balanço:
Por que, por que? Você já saiu da idade dos por quês,