Bacharelando

Sergio Buarque de Holanda começa por tratar em sua analise uma incongruência que constata entre a forma, ou a mentalidade própria, na constituição ética do povo lusitano, e, por conseqüência, os povos por estes colonizados, e a mentalidade capitalista, entendida aqui como conceito estrito, ou compendio ético derivado pontualmente da ética protestante, segundo Max Weber.
Falemos em primeiro lugar sobre a mentalidade capitalista, ou melhor, sobre o seu desenvolvimento. Weber é enfático em sua obra ao atrelar o surgimento desta mentalidade ao surgimento conseqüente do Calvinismo, oriundo do norte, e sobretudo de cidades grandes para a época, onde já havia algum desenvolvimento econômico proeminente; o compendio ético protestante, sobretudo Calvinista, então se torna fundamental pela (i) orientação destra que requer da vida do fiel, ou seja, a pratica da retidão constante, criada por dois fatores principais de ordem teológica, a saber, a impossibilidade de redenção dos pecados, e a (ii) predestinação, sobre este ultimo faço notar que a sua importância vem se mostrar uma vez que é atrelada a evidencia de predestinação aos céus ao, por exemplo, sucesso na vida material; outro ponto é a crucial distinção entre a teologia ascética católica e a (iii) teologia imanentista protestante, o que gera uma felicidade enfática no viver e no mundo material. Um ultimo ponto, bastante importante é o da educação, ou seja, enquanto a educação católica se propõe a uma educação humanística, a educação protestante se volta para a chamada racionalização da vida e, portanto, da vida mercantil, para a manutenção e a criação material, resultando numa educação fundamental para a formação da mentalidade capitalista, ou uma mentalidade racionalizada em função não mais apenas do lucro, mas sim da lucratividade, algo que compõe fundamentalmente o espírito capitalista.
Outro ponto que ainda enfatizo sobre o tema, é que a ética, no sentido estrito de forma do bem desenvolver da conduta de vida,