Bacharelado

OCORRÊNCIA DE SENSIBILIDADE EM CLAREAMENTOS CASEIROS E NOS TRATAMENTOS USADOS EM CONSULTÓRIO COM OU SEM USO DE LUZ

Raíssa Cristina C. Silva
Maryê Carvalho Carneiro

Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Odontologia
Novembro 2013
Introdução
Peróxidos têm sido aplicados para branquear os dentes por mais de um século, sendo que a valorização estética nos últimos tempos está contribuindo para o aumento de pedidos por clareamento dental em consultórios. O clareamento caseiro é uma técnica realizada com baixo teor de Peróxido de Hidrogênio ou Peróxido de Carbamida inserido em moldes, sendo considerada uma técnica segura e eficaz. Entretanto, a técnica usada em consultórios é destinada a quem procura uma resposta mais imediata e aplica peróxidos altamente concentrados sob a superfície dos dentes. No consultório são utilizadas fontes de calor ou luz para melhorar o efeito branqueador. Mas essa associação ainda está sendo discutida e alguns estudos clínicos não confirmaram esse benefício. O processo de clareamento ocorre devido ao baixo peso molecular do Peróxido de Hidrogênio (34,01 g/mol), que permite a ele e seus derivados ( espécies reativas do oxigênio) difundir facilmente através do esmalte e da dentina. A mecânica do clareamento ainda não está plenamente compreendida, embora se saiba que o Peróxido de Hidrogênio reage com moléculas pigmentadas dos tecidos duros do dente, fragmentando-as em moléculas mais curtas e de cor mais clara. No entanto, alguns estudos in vitro demonstraram que o Peróxido de Hidrogênio pode penetrar a câmera pulpar, gerar inflamações e consequentemente sensibilidade dos dentes, que é o efeito secundário mais comum do clareamento. Vários autores têm demonstrado que a aplicação de calor, concentração de Peróxido de Hidrogênio e outros componentes químicos podem influenciar na difusão de espécies reativas de oxigênio através dos tecidos duros do dente e a extensão da penetração na