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A escravatura no Brasil
O escravo negro e a produção do açúcar
Por volta do ano de 1560, o número de engenhos de açúcar no Brasil já era grande, exigindo o emprego de numerosa mão-de-obra. No entanto, o crescimento da atividade esbarrava na sensível diminuição do número de índigenas disponíveis no litoral.
Daí a urgência em substituir os índios pelos negros nas tarefas de cultivo das lavouras.
Durante os séc. XVI e XVII, a maioria dos escravos desembarcados aqui foi destinada aos engenhos de açúcar, principais produtores de riquezas desse período.
Os escravos foram, nas palavras de um cronista da época do açúcar, os pés e as mãos dos senhores, porque praticamente tudo em uma grande propriedade passava pelas mãos dos negros.
As condições de trabalho e de vida
Sob o sol escaldante do litoral brasileiro, o escravo chegava a trabalhar até 18 horas por dia. Derrubava as matas, roçava, plantava e depois colhia a cana. Manejando enxadões e foices, cada um deveria cumprir uma determinada tarefa, sob pena castigado, caso não a cumprisse.
Muitas vezes, as condições de trabalho era ruins, o que resultou em mortes prematuras dos escravos. Costumava-se dizer que, para o escravo, bastavam três pês: pau, pão e pano, isto é, violência e castigo, comida para garantir a força de trabalho e algum pano para confeccionar roupas.
A violência no trato do escravo manifestava-se diariamente. Muitos senhores não gostavam de ter em suas propriedades cativos vindos de uma mesma nação africana, o que, acreditava-se facilitaria a explosão de revoltas. Mas, na maior parte das vezes, escravos de diferentes origens ou da mesma proveniência estabeleceram contatos e relações de amizade.
Os feitores eram, de modo geral, portugueses e existiram em maior número nas grandes propriedades rurais. Era frequente açoitarem os cativos com cordas e com palmatórias.
Vários senhores estimulavam os escravos a produzir sua alimentação, destinando pequenos lotes para cultivo de cereais e verduras. Nos