Ação Comunitária

ANJOS, Erly E. dos; RAIZER, Eugênia C.; DOXSEY, Jaime R.; RAMOS, Maria Helena R.. Modelo de Ação Comunitária.
SINAIS - Revista Eletrônica. Ciências Sociais. Vitória: CCHN, UFES, Edição n.07, v.1, Junho. 2010. pp. 196-237.

MODELO DE AÇÃO COMUNITÁRIA1

Nota Explicativa, por Erly Euzébio dos Anjos

Atendendo ao gentil convite para se publicar material produzido, inédito e de interesse submeto o presente texto que é resultado da minha primeira experiência com pesquisa realizada no departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito
Santo2.
Não me recordo do ano, mas sei que era no fim dos anos 70 quando eu, Jaime,
Eugênia e Maria Helena, do departamento do Serviço Social reunimo-nos por alguns meses às tardes, para discutir a construção de um “modelo de ação comunitária”. A idéia era de que tal modelo pudesse subsidiar um diagnóstico social de dois bairros, na periferia de Vila Velha (Alecrim e Santa Rita de Cássia que se tornara um “lugar de toda a pobreza” 3).
O modelo foi, como não poderia deixar de ser, instrumento de organização social para as lideranças dos bairros conhecerem sua realidade, tomar decisão na gestão de suas demandas de melhorias, avaliarem seus resultados e redirecionar o que fosse necessário. Estas atividades complementares do projeto que constituem o modelo serviriam para incentivar parcerias entre a Universidade e o Governo do Estado, que havia solicitado o estudo.
Não se pode deixar de registrar de nosso entusiasmo de pensar em conjunto e de modo criativo e livre sobre a articulação da pesquisa acadêmica com a prática social e em prol da promoção de mudanças, do ponto de vista dos sujeitos de pesquisa.
Este entusiasmo, porém, só foi melindrado quando tivemos que responder às acusações de “colegas” de estar utilizando do conhecimento para fins partidário (uma atitude que nos surpreendeu na época, mas que nunca mais deixou de ser uma surpresa, aos dias atuais).

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Este modelo foi elaborado por: