awdaw

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os atuais territórios do Maranhão, Ceará, Piauí, Pará e Amazonas. Essa região subordinava-se, desse modo, diretamente à Coroa Portuguesa. Entre as suas atividades econômicas destacavam-se a lavoura de cana e a produção de açúcar, o cultivo de tabaco, a pecuária (para exportação de couros) e a coleta de cacau. A maior parte da população vivia em condições de extrema pobreza, sobrevivendo da coleta, da pesca e praticando uma agricultura de subsistência. Desde meados do século XVII, o Estado do Maranhão enfrentava séria crise econômica, pois desde a expulsão dos Holandeses da Região Nordeste do Brasil a empresa açucareira regional não tinha condições de arcar com os altos custos de importação de escravos africanos. Neste contexto, teve importância a ação do padre Antônio Vieira (1608-1697) que, na década de 1650, como Superior das Missões Jesuíticas no Estado do Maranhão, implantou as bases da ação missionária na região: pregação, batismo e educação, nos moldes da cultura portuguesa e das regras estabelecidas pelo Concílio de Trento (1545-1563).
A informação de que o rei de Portugal teria implantado a lei de abolição da escravidão indígena (em 1o de abril de 1680) é falsa. As primeiras leis referentes ao assunto só vieram a existir muito tempo depois, em 1755, através do Marquês de Pombal. O que existia, na realidade, era uma rivalidade entre os jesuítas e os senhores de engenho, onde os primeiros lutavam para evitar a escravidão dos índios pelos segundos.
A forte atuação dos jesuítas dificultou o uso do trabalho escravo indígena, fator que veio a aumentar ainda mais a crise de mão de obra. Para tentar resolver o problema, os senhores de engenho locais organizaram tropas para invadir os aldeamentos organizados pelos Jesuítas e capturar indígenas como escravos. Estes indígenas, evangelizados, constituíam a mão-de-obra utilizada pelos religiosos na atividade de coleta das chamadas drogas do sertão. Diante das agressões, a Companhia de Jesus recorreu à Coroa, que

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