Avaliação escolar

Síntese O texto abrange alguns pensamentos que ainda dão a base para o processo de avaliação em nosso sistema educacional, principalmente nos anos iniciais. Questiona a reprovação, como um ato discriminativo, punitivo e evasivo, mesmo sendo bem intencionada. Contesta a justificação das práticas de reprovação como um processo normal que garanti a preservação da qualidade do ensino, e a evasão como um rumo normal para os que, supostamente, “fracassaram” diante deste processo. Critica quando o erro do aluno é percebido, somente em termos negativos, desrespeitando assim a sua inteligência, sua afetividade e a sua própria experiência de vida. Mostra- nos a avaliação como “um ato de compreender e promover a cada momento o desenvolvimento pleno da criança, do jovem ou de qualquer individuo ou grupo social que se submeta ao processo de alfabetização e de aprendizagem em geral”. Ainda hoje, nossas escolas vivem os “mitos” sobre a avaliação, que afetam diretamente nossos alunos e dão continuidade a um processo de discriminação, onde aqueles que não conseguiram atingir o objetivo dentro de um período estabelecido de aprendizagem, ou até mesmo de alfabetização, são rotulados de fracos, lentos, incapazes, burros, maus, não recuperáveis ou piores, sendo os tais separados, não só por palavras, mas ainda dentro das próprias salas de aula, daqueles que são considerados bons, inteligentes, recuperáveis, melhores e vencedores, simplesmente por terem alcançado os objetivos que foram estabelecidos para aquele período, com mais rapidez e facilidade que os demais. Essa situação, muitas vezes, influencia a falta de motivação em nossos alunos, com relação à própria escola e ao ato de aprender, tornando assim, cada vez maiores as escalas de evasão em nosso sistema educacional. O texto nos diz que não se pode estabelecer um tempo determinado para aprendizagem, e que se deve considerar que a mesma não é um processo que começa dentro da escola, mas sim, que ocorre durante toda a