Avaliação Nutricional para Idosos

1 INTRODUÇÃO

O alimento fornece a energia e o nutriente de formação para substâncias essenciais para o crescimento e sobrevivência dos seres vivos de modo que esses nutrientes se tornam parte integrante do corpo e contribuem para sua função, processos fisiológicos e bioquímicos (SSCOTT-STUMP; MAHAN, 2005). Hábitos alimentares saudáveis possibilitam a prevenção de doenças, como as cardiovasculares, diabetes mellitus, obesidade e consequentemente proporcionam melhoria na qualidade de vida dos indivíduos, especialmente a população idosa, que está em risco nutricional por diversas razões, entre elas, a ausência de educação alimentar, condições socioeconômicas, lentidão da capacidade física, psicológica e mental, e doenças crônicas (SSCOTT-STUMP; MAHAN, 2005; PEREIRA; HELENE, 2006). O envelhecimento da população é um fenômeno natural, mundial e irreversível. A população idosa brasileira tem crescido de forma exacerbada e proporcional. Dentro desse grupo, os denominados “mais idosos, muito idosos ou idosos em velhice avançada” (acima de 80 anos), também vêm aumentando igualmente e de maneira acelerada, constituindo um contingente populacional que mais cresce nos últimos tempos, sendo mais de 12% da população idosa (BRASIL, 2010). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), hoje no Brasil, existe aproximadamente, 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, o que representa pelo menos 10% da população brasileira. Segundo projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), no período de 1950 a 2025, o grupo de idosos no país deverá aumentar quinze vezes, enquanto a população total, cinco. Assim, o Brasil ocupará o sexto lugar no que se refere ao contingente de idosos, alcançando, em 2025, cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade. Vale ressaltar que no Brasil é considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais, enquanto que nos países desenvolvidos considera-se idoso aquele que tem 65 anos