Automedicação

O que é automedicação?
A automedicação é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são “percebidos” pelo usuário, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde (médico ou odontólogo).
Quais as consequências e perigos da automedicação?
As consequências são diversas, tais como, gastos desnecessários, interações medicamentosas, surgimento de microrganismos resistentes, dependência medicamentosa, reações alérgicas e vários outros efeitos colaterais.
Um dos efeitos está no bolso. A compra de um medicamento destituído de efeito terapêutico sobre uma patologia levará a gastos desnecessários. Exemplo muito comum é alguém tomar antibiótico para um simples resfriado. Como antibiótico não tem ação terapêutica contra o vírus do resfriado, o paciente estará “jogando dinheiro fora”.
O desfecho de uma interação medicamentosa pode ser perigoso quando promove aumento da toxicidade de um fármaco. Por exemplo, pacientes que fazem uso do anticoagulante Varfarina podem ter sangramento se passarem a usar alguns tipos de anti-inflamatórios, tais como Ibuprofeno, Diclofenaco, AAS, Paracetamol, entre outros, sem reduzir a dose do anticoagulante. Algumas vezes, a interação reduz a eficácia de um fármaco. Por exemplo, Tetraciclina não produzirá efeito antimicrobiano se usado concomitantemente com antiácidos ou alimentos lácteos (leite e derivados).
A resistência desenvolvida por microrganismos por conta do uso inadequado de antibiótico é, talvez, uma das mais importantes consequências nefastas da automedicação. Muitos antimicrobianos estão se tornando ineficazes, pois os microrganismos “aprendem” a desenvolver uma defesa contra eles, ou seja, resistem à sua ação. O exemplo mais marcante é o que está afligindo muitos pacientes que precisam de tratamento em unidades de terapia intensiva (UTI), que são acometidos por infecções hospitalares causadas por bactérias KPS (Klebsiella pneumoniae