Auschwitz e a bioética

Experiências médicas em Auschwitz por Mariana Samara O. Campos

As diretrizes filosóficas da bioética começaram a consolidar-se após a tragédia do holocausto da Segunda Guerra Mundial, quando o mundo ocidental, chocado com as práticas abusivas de médicos nazistas em nome da ciência, cria um código para limitar os estudos relacionados. Formula-se aí também a ideia que a ciência não é mais importante que o homem. Os Experimentos nazistas foram uma série de controversas experiências científicas realizadas em uma grande quantidade de cobaias humanas que estavam detidos nos campos de concentração do regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Os médicos alemães, juntamente com pessoal médico em níveis mais baixos, participaram ativamente na execução dos planos de extermínio nazistas. Médicos atribuídos aos campos de concentração, incluindo Auschwitz, desempenharam um papel especial. Eles realizaram experiências médicas criminosas em prisioneiros e cometeram outros atos que violaram a ética médica. Experimentos foram planejados nos mais altos níveis para atender as necessidades do exército (alguns tinham a intenção de melhorar o estado de saúde dos soldados), planos pós-guerras (incluindo a política de população), ou para reforçar as bases da ideologia racial (vista em relação à superioridade da "raça ariana"). Além de experiências planejadas nos níveis mais altos, muitos médicos nazistas realizaram experiências com prisioneiros em nome de empresas farmacêuticas alemãs ou institutos médicos. Outros o fizeram em busca de seus interesses pessoais, ou para avançar suas carreiras acadêmicas. Os presos foram coagidos a participar: não sendo voluntários de boa vontade. Normalmente, as experiências resultaram em morte, desfiguração