AULA 4 IGREJA MEDIEVAL II

3024 palavras 13 páginas
PODERES UNIVERSAIS: IMPÉRIO E PAPADO
A QUERELA DAS INVESTIDURAS
O relacionamento entre a Igreja e o Estado começou no fim do Império Romano, quando o cristianismo foi transformado em religião oficial do Estado (395). O Império protegia o cristianismo, permitindo sua difusão, enquanto o paganismo perdia sua posição de religião oficial.
Em compensação, a Igreja legitimava o poder do Estado, sagrando o imperador, cujo poder passava a ser considerado de origem divina. Devido à importância do papa, que sagrava o imperador, o governo imperial procurou encontrar a melhor forma de situar seu poder dentro da Igreja. Desse modo, podia controlar o poder da Igreja, através da escolha do bispo de Roma. Foi assim que a escolha do papa se tornou um privilégio imperial, o chamado Cesaropapismo. Isso contribuía para desvirtuar os valores cristãos, uma vez que a nomeação dos bispos não se fazia por critérios de qualificação moral e espiritual de quem iria ocupar os cargos, mas pelo grau de submissão e pela capacidade de pagar rendas ao Império.
Com a crise do Império Romano e a formação dos Reinos Medievais, a Igreja ficou sem proteção de que gozava com os imperadores romanos. Procurou então, outro reino forte capaz de protegê-la. Isso explica sua aliança com o Reino dos Francos. A Igreja pagava caro essa proteção, pois passava a sofrer a interferência do poder político, sendo dominada por ele. As consequências desta intervenção do poder político não se fizeram esperar. E' o caso do nicolaísmo - desregramento do clero, corrupção, vida mundana - e a simonia, comércio dos bens da Igreja, das coisas sagradas.
Em 1073, foi eleito papa Gregório VII. Suas medidas reformistas sobre as investiduras dos bispos e abades colocaram em choque o papado e o Sacro Império Germânico. Gregório VII, proibiu o casamento dos padres, instituindo o celibato (1074) para combater o nicolaísmo e a investidura leiga para acabar com a simonia.
O imperador Henrique IV reagiu energicamente. Recusando-se

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