Audição e Saúde

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FONOAUDIOLOGIA – Audição e Saúde – Silvia Ferrite
Amanda Souza Santos Manso Dias
ATIVIDADE EXTRACLASSE
No Brasil as campanhas de divulgação da importância da identificação e tratamento precoce da deficiência auditiva já vêm sendo feitas há mais de 15 anos. Ainda assim, na Caderneta de Saúde da Criança o que se espera que seja registrado é pouco. A saúde auditiva infantil só é citada após 82 páginas e em um único trecho falam sobre testar a audição logo após o nascimento. Segundo estudos, é importante diagnosticar problemas na audição ainda no primeiro mês de vida.
O diagnóstico de bebês com deficiência auditiva deve ser feito o mais rapidamente para que as privações sensoriais sejam minimizadas, assim a criança terá menos prejuízos funcionais e se desenvolverá todo o processo de linguagem e aprendizagem.
A deficiência auditiva congênita (adquirida no período pré-natal ou nos primeiros dias de vida) se dá de diversas formas, podendo ser um problema genético por herança recessiva. Ao muito baixo peso no nascimento, à ocorrência da hiperbilirrubinemia, às infecções congênitas, à sífilis e ao uso de drogas ototóxicas no período neonatal. Também é encontrada em crianças com má formação de cabeça e pescoço e/ou síndromes.
A Triagem Auditiva Neonatal Seletiva (TANS) é realizada somente em crianças selecionadas por apresentarem IRDA (Indicadores de Risco para a Deficiência Auditiva) e só identifica metade dos deficientes auditivos. A Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) é feita em pelo menos 95% dos neonatos, preferencialmente antes da ala hospitalar. A TANS é uma alternativa de menor custo, entretanto só diagnostica de 40-50% dos casos de deficiência auditiva. A TANU por sua vez, é uma melhor escolha, pois analisa e, portanto, diagnostica mais.
Em países desenvolvidos, a deficiência auditiva neurossensorial acomete um a cada 1000 recém-nascidos. No Brasil ainda são poucos os estudos de base populacional com participação de neonatos.