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Decifrando os rolezinhos

INTRODUÇÃO
Os "rolezinhos", como ficaram conhecidos, são encontros marcados pela internet por adolescentes. Os eventos ocorrem sobretudo em shoppings, e ganharam repercussão desde dezembro, quando aglomerações assustaram frequentadores e fizeram centros comerciais fecharem as portas mais cedo. Os organizadores definem os encontros como um "grito por lazer" e negam qualquer intenção ilegal, mas viraram alvo de investigações policiais.
Este tipo de encontro em lugares públicos-privados não é propriamente uma novidade em São Paulo. E não começaram especificamente no ano passado. Estacionamentos de supermercados e postos de gasolina também são corriqueiramente ocupados nas noites e madrugadas aos finais de semana por um grupo que quer se fazer ouvir – ou apenas se divertir - independentemente do estilo musical que entoa.
Segundo o site G1 em 8 de dezembro, o “rolezinho” no Shopping Metrô Itaquera reuniu cerca de seis mil adolescentes, segundo a administração do centro comercial. Houve tumulto, a polícia foi acionada e o shopping fechou uma hora e meia mais cedo.
O segundo encontro, que reuniu 2,5 mil pessoas, aconteceu no Shopping Internacional de Guarulhos, em 14 de dezembro.
Em 22 de dezembro, às vésperas do Natal, época em que os shoppings da cidade ficam lotados, o “rolezinho” aconteceu no Shopping Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Dez equipes da Polícia Militar foram mobilizadas
Os shoppings Itaquera, Campo Limpo e JK Iguatemi ganharam liminares impedindo as reuniões, sob pena de multa de R$ 10 mil para quem infringisse a determinação.
DESENVOLVIMENTO:
Lojistas, políticos e organizadores estão em lados opostos quanto ao futuro dos encontros e suas origens. O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta segunda-feira que não deve empurrar o problema para a Prefeitura e que é preciso discutir a cidade. “Não adianta ficar [dizendo]: cuida dessas pessoas que o problema é seu. É a cidade que precisa ser discutida e nós