Atrajetoria de um terapeuta

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A TRAJETÓRIA DE UM TERAPEUTA COMPORTAMENTAL

Eureka – deve ter sido esta a minha verbalização interna ao assistir, em 1966, no instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo, como estudante de Psicologia, à primeira aula de Psicologia Experimental, dada pela Professora Rachel Rodrigues Kerbauy. Trazendo uma formação bastante pragmática (Odontologia e Estatística) eu não conseguia aceitar a abordagem psicanalítica, adotada no curso, e resistia à hipótese de vir me tornar terapeuta dentro dessa orientação. Na montagem de nosso laboratório, Rachel sabiamente supriu a falta de equipamento eletrônico, caro e sofisticado, Baseou-se no manual da Dra. Reese feito para trabalho com pombos e utilizando caixas de papelão de operação manual, do tipo preconizado pelo Professor Skinner. Orientou-nos para que nós mesmas construíssemos nossas “caixas experimental”. Naquela época não existiam cursos regulares para formação do Terapeuta Comportamental. Neste sentido, cada um tinha um roteiro peculiar, de acordo com as oportunidades oferecidas. A minha trajetória, que relatei aqui, é um exemplo do que ocorria na formação dos pioneiros em Terapia Comportamental em nosso meio. Marilia Graciano logo foi para o Estados Unidos para fazer sua Pós-graduação em Psicologia Social. Octavio, mesmo não tendo experiência clinica, soube orientar-nos graças á sua sensibilidade e conhecimento teórico. Fez-nos conhecer Wolpe e seu trabalho. Um dos clientes sob meu atendimento tornou-se o primeiro caso de aplicação da terapia comportamental na PUC do Rio de Janeiro. atuei como Terapeuta, tendo como co-terapeuta Claudia Moraes Rego. O planejamento do trabalho clinico era realizado em grupo quando eram discutidos os resultados de cada sessão. Daí nasceram mudanças que foram introduzidas para ajustar a terapia às necessidades do cliente e também para melhorar o nosso desempenho, inserindo-se acréscimos, por exemplo, à adoção do relaxamento de Jacobson, foram agregados elementos do relaxamento

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