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A ÁGUA NA NATUREZA A quantidade de água existente no planeta é praticamente a mesma desde seu esfriamento, há milhões de anos atrás. A quantidade de água que possa eventualmente ser formada em alguma reação química ou perdida por desintegração nas últimas camadas da atmosfera é virtualmente desprezível. Cerca de 71 % da superfície da Terra é coberta por oceanos. 97 % da água existente em nosso planeta está nos mares. Apenas 3 % da água existente é de água não salgada. Isto representa cerca de 40 quatrilhões de m3, dos quais 75 % estão imobilizados nas capas ou calotas polares e são considerados, para fins de consumo, indisponíveis. Dos 25 % de água doce restante, apenas 0,5 % estão sob a forma de rios, lagos e nuvens, sendo o restante água subterrânea. Embora as águas de um rio se renovem, em média, 31 vezes por ano, as águas subterrâneas praticamente não se renovam e vêm sendo acumuladas durante toda a vida do planeta, sendo muito pequena a fração que se acrescenta por infiltração de chuvas ou é retirada pelo homem a cada ano. Em sentido amplo, água subterrânea é toda água existente abaixo da superfície do solo, no interior da litosfera. Em sentido mais restrito, aplica-se tal designação à água situada no subsolo, em oposição à água do solo e às águas de superfície (rios e lagos). Há duas principais teorias acerca da origem das águas subterrâneas. A primeira, desenvolvida por B. Palissy, descreve que as águas subterrâneas dependeriam das possibilidades de penetração das águas fluviais no solo até uma camada impermeável sobre a qual pudessem escoar e circular. Por outro lado, Volger, em 1877 mostrou que a água poderia provir das condensações internas devidas a um resfriamento do ar, saturado inicialmente de vapor de água. Para o s hidrogeólogos modernos, a primeira teoria explica a existência de quase a totalidade das águas subterrâneas. A água, na natureza, participa de um ciclo. O vapor de água da atmosfera condensa-se, formando as nuvens, a partir das quais