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A classe operária vai ao paraíso é um dos filmes mais politicamente expressivos dos anos 70 na Itália e acontece em uma fábrica produtora de peças de motores – a BAN. A industria retratada no filme utiliza de metas de produção sem que esse processo seja associado ao salário ganho. As condições de trabalho não eram favoráveis aos colaboradores o que levavam-os à revolta e ao desagrado com o trabalho realizado. Lulu Massa (Gian Maria Volonté) – personagem principal do filme – era porém, o funcionário-padrão. Com alta produtividade, ele passa a ser parâmetro para os outros operários. Lulu assume papel em defesa ao sistema e da classe hierárquica superior e contra às melhorias de trabalho para ele e seus colegas julgando os outros como preguiçosos e por muitas vezes em contradição, sente-se injustiçado.
O trabalho exaustivo toma prioridade na vida de Lulu que começa a ter problemas de relacionamento com a mulher e com o filho, interferências de trabalho em outros momentos do seu dia e até passa a sonhar com a fábrica.
Após um acidente na fábrica, Lulu perde um dedo, fator propulsor que dá uma virada na sua vida. Este fato contribuiu para mais um conflito entre os sindicalistas e estudantes que querem negociar o sistema de metas de produção e definitivamente aboli-los respectivamente. Depois que Lulu toma partido esquerdista, estes entram em conflito com a polícia. Com a nova causa do operário, sua mulher o deixa e ele é demitido da fábrica. Já não mais apoiando os estudantes, Lulu começa a pensar por si à respeito das condições de trabalho na fábrica.
Ao final da história, Lulu é readmitido e o sistema de metas de produção é negociado caracterizando a vitória da classe dos trabalhadores.
O filme nos mostra a relação entre trabalho, consumismo e sociedade. Estamos inseridos em um meio que busca o ter. Somos parte de uma sociedade puramente consumista e com padrões distorcidos que fazem o trabalho tornar-se cada vez mais insustentável ao padrão imediatista do ser