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ATIVIDADE – JORNALISMO POLÍTICO

Em linhas gerais, a organização dos relatos noticiosos – entendendo-se a mídia como a moldura da janela pela qual a opinião pública entrará em contato com uma pequena parcela da realidade – pode ser chamada também de enquadramento, ou seja, o jornalista opta enquadrar um fato de uma determinada forma e não de outra, enfocando assim uma parte da realidade em detrimento de outra.
Scheufele (1999) afirma que “a mídia constrói a realidade social através do enquadramento de imagens da realidade”. Esse enquadramento de construções imagéticas é encontrado principalmente no jornalismo, que busca a reconstrução dos fatos em notícias.
A partir de 2013, ano em que o Brasil foi sede da Jornada Mundial da Juventude, realizada a cada dois anos pela Igreja Católica, e da Copa das Confederações, um dos eventos-teste para a Copa do Mundo, uma série de manifestações parou as principais cidades do país.
Inicialmente motivados pela insatisfação acerca do valor das passagens de ônibus, os temas manifestados logo trouxeram à tona outras discussões, como os gastos públicos para a realização dos eventos esportivos internacionais, a participação das empresas de comunicação em temas polêmicos, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral.
De acordo com Venício de Lima (20131), em princípio, a grande mídia e as autoridades públicas tiveram como reação condenar os protestos e exigir punições. “No entanto, à medida que o fenômeno se alastrou, autoridades e mídia alteraram a avaliação inicial”.

No início, ainda na pauta dos R$ 0,20 em São Paulo, o roteiro era o mesmo dos antigos filmes (e telejornais): “baderneiros”, “vândalos”, “pessoas que não têm nada com isso presas no trânsito”, “ação policial para a manutenção da ordem” etc. Depois de uma pesquisa do Ibope mostrando que os paulistanos apoiavam as manifestações e meia dúzia de jornalistas feridos com balas de borracha, a fala mudou: “o uso excessivo da força”,

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