Ativação Assinatura
De modo geral, quando se pensa a Medicina como uma especialidade social relacionada ao tratamento de doenças, existe a tendência de associá-la aos médicos e hospitais como partes indispensáveis ao exercício da cura das moléstias. Ao contrário desse pressuposto, hipervalorizado nos últimos cem anos, historicamente, as práticas de curas também envolveram outros agentes sociais também reconhecidos como curadores.
O certo é que as ações manuais humanas, usando ou não instrumentos, sobre outros homens e mulheres, para interromper as ameaças à vida, se perdem no tempo. Mesmo com escassos registros, as análises arqueológicas e paleopatológicas são competentes para estabelecer evidências de algumas práticas de curas na pré-história, em torno de 10.000 a.C.
É razoável pressupor que os grupos de Homo sapiens caçadores e coletores, presentes na Europa central, nesse período, em permanente enfrentamento das condições climáticas gélidas, na metade do ano, nas disputas pessoais ou com outros animais, priorizassem a sobrevivência em torno da segurança pessoal e coletiva.
A possibilidade de alguém ferir-se, determinando imobilidade, ou morrer, causando mudança no equilíbrio do grupo, podem ter provocado a especialização de alguns membros, que se voltaram à busca de soluções, estruturando os primeiros passos da arqueologia do curador.
Viver era o mais importante!
Nesta fase, quando o homem primitivo começou a tentar modificar o processo da vida para evitar a morte temida – fez-se médico.
Assim, as primeiras práticas de cura concretizaram-se na pré-história em comunidade ágrafas. A ação intencional do homem sobre o homem com intenção de mudar o curso da morte data de 25.000 anos, com o achado do osso do braço de um neanderthal que foi submetido à amputação. A cirurgia foi bem sucedida e o homem viveu muito tempo após a intervenção cirúrgica.
Sem dúvida, muitas doenças que existem até hoje estavam presentes muito