Atentado

ATENTADO AO RIO-CENTRO

FATO HISTÓRICO?
O contexto era de abertura política no país, e esse episódio é um dos que marcam a decadência do regime militar no Brasil, que daria lugar dali a quatro anos ao restabelecimento da democracia. Se obtivessem logro, teria sido o maior atentado terrorista urbano da história do Brasil.
FATO JORNALÍSTICO?
O atentado do Riocentro pode ser facilmente considerado um fato jornalístico por conta justamente do contexto político no qual estava inserido. Além disso, à época, ele já era jornalístico por conta de sua gravidade, já que esse atentado aconteceu durante uma grande festa, com mortos e feridos, e ele poderia ter sido muito pior, matando centenas de pessoas - em suma, inicialmente, ele já havia mexido com a sociedade civil. As posteriores contradições, o desenrolar e as consequências também indicam que havia muito a ser informado para a população, que ficara em choque com o acontecido. Os jornais escolhidos revelam essa preocupação, já que eles dedicam a manchete para esse ataque terrorista.

INTRODUÇÃO
O Atentado do Riocentro é o nome pelo qual ficou conhecido um frustrado ataque a bomba que seria perpetrado no Pavilhão Riocentro, no Rio de Janeiro, na noite de 30 de abril de 1981, por volta das 21 horas, quando ali se realizava um show comemorativo do Dia do Trabalhador, durante o período da ditadura militar no Brasil.

“Essa bomba explodiu no meu peito”, disse o general João Batista Figueiredo ao saber do atentado do Riocentro, em maio de 1981. Foi uma reação sincera, mais uma frase gerada pelos impulsos espontâneos do oficial de cavalaria do Exército.
As bombas seriam plantadas pelo sargento Guilherme Pereira do Rosário e pelo então capitão Wilson Dias Machado. Por volta das 21h00min, com o evento já em andamento, uma das bombas explodiu dentro do carro onde estavam os dois militares, no estacionamento do Riocentro. O artefato, que seria instalado no edifício, explodiu antes da hora, matando o