atendimento ao politraumtizado

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Assistência de Enfermagem ao Paciente Politraumatizado

1. Considerações Iniciais

O Trauma é reflexo da história da própria humanidade. Talvez seja esta a patologia mais antiga que o homem tenha sido vítima, pois entre 3.000 e 1.600 anos ªC. encontram-se as primeiras descrições de casos de traumatismos de crânio no Edwing Smith Papyrus.

O aumento progressivo das estatísticas de trauma e a dificuldade de adotar medidas preventivas efetivas para o controle das morbimortalidades produzidas pelos acidentes e violências devem-se principalmente ao desenvolvimento industrial, avanço tecnológico, problemas socioeconômicos como a pobreza, miséria e a falta de participação da população nas tentativas de resolução dos seus problemas sociais.

Na atualidade o trauma pode ser rotulado como a doença do mundo moderno. A partir da década de 80 a morte produzida por acidentes e violências passara a representar a segunda causa de morte no quadro geral, sendo ultrapassada apelas pelas doenças Cárdio-Circulatórias, porém representa a primeira causa de morte entre as quatro primeiras décadas de vida, na ampla faixa dos 5 aos 39 anos, produzindo perdas em torno de 120 mil pessoas ao ano. Os acidentes de trânsito e homicídios, estes últimos em franca ascensão são as principais causas de mortes por acidentes e violências. O sexo masculino é o mais exposto dentro deste panorama estatístico, pois esta população está mais exposta a alguns fatores como: velocidade, armas de fogo, álcool e drogas.

Os acidentes e violências refletem em grande impacto econômico, sendo medido diretamente por meio dos gastos hospitalares com internações. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 1997, o total destes gastos correspondeu a R$ 232.376.612,16, estimando-se um custo médio por internação de R$ 341,98. Porém os custos com violências e acidentes devem ser estimados desde gastos realizados com prevenção, atendimento pré-hospitala, exames para definição do diagnóstico, condutas

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