astronomia

Transamazônica

Arranhei as vestes de um poeta! E foi para uma índia
Não ao ponto de abrir a costura da minha ponte de magia favorita
Mas fui um bom servo do papíro e da clássica pedra antiga.
Em troca, ela me mostrou um atributo indígena padroeiro
...Saindo da mata fumegante descobri, odeio aqueles governantes brasileiros.

O menino
Perguntaram a um menino o valor de um amor
E voltei-me para responder:
_Não sei a ti, um homem, dizer.
Não sabia, a um homem, eu responder

E não sabia o homem que o menino lhe via em nítida forma, a dor.
Isso foi num dia passado e eu nem se quer me lembro certamente como foi que aconteceu.
Sei somente que foi na noite de um dia frio e sombrio, com névoa e solidão.
Eu estava parado na caçada desertificada e via um casal de corvos,
Eu via aos corvos observarem a lamparina que iluminava a calçada adiante

E via neles, em nítida forma, a dor, mas era uma dor paca e fria, pouco atraente.
Lembro que eu não gostei daquela dor, era uma dor sem emoção, luz força
E lembro que foi assim que o homem surgiu com uma capa preta,
Parecia que viria a chover, não choveu, mas a sua esperteza fez-me lembra do menino,
Ele me fez a pergunta e depois da resposta ele sumiu,

Mas não sei como foi eu estava ocupado observando aquele casal de corvos.
Lembrei-me agora de que após o homem sair tive uma sensação rara em vivencia,
Eu vi naquele casal a dor mais sem graça que já havia visto,
Eu não sabia o porquê, mas o porquê me dizia estar apaixonado pela dor daquele homem,
A dor era viva em nítida forma, e era bela de causar caus que transforma,

Lembro-me de ir pra casa pensando na dor sem a dor estar em mim.
Mais tarde eu estava deitado e via aquela dor que queria não estava em mim,
Eu sentia a inveja maior do mundo daquele homem.
Era a dor mais viva e suave, não havia mais sublime magia,
Não havia melhor sentimento que aquele.

O menino se curvou ao homem e fincou em estadia.
Assim que acordei eu andei até aquela mesma