Assedio moral

Assédio Moral

O assedio moral no trabalho não é um fenômeno novo. Na verdade, talvez essa prática seja tão antiga quanto o próprio trabalho. Esse tipo de prática sempre é encontrada nas relações superior x subordinados em vários episódios da história humana, desde os primórdios, passando pelos conceitos de feudo, monarquia, ditadura atravessando várias eras da história humana. Porém em nossos dias essa atividade é silenciosa e subjetiva, fazendo com que as vezes não seja percebida, e no entanto exista.
Convencionou-se por denominar assedio moral, todo e qualquer expediente de um superior em ferir deliberadamente o direito do livre exercício de uma função de determinado indivíduo, ou seja: não deixar que alguém trabalhe em paz. Entretanto esse conceito é por demais abrangente, e há algum tempo se têm sistematizado definições para caracterizar tal situação.
Apesar de essa prática de assediar moralmente um colaborador seja antiga e déspota o termo tem sido utilizado e comentado na mídia num passado muito recente; o termo “assédio moral” (no ambiente de trabalho) surgiu em setembro de 1998, quando a psicanalista e vitimologista francesa Marie-France Hirigoyen lançou, na França, um livro publicado, em 2000, no Brasil, sob o título “Assédio Moral: a violência perversa no cotidiano”. Assim iniciou-se o início da sistematização do assunto, saindo de mero estudo acadêmico para algo pelo que se legislar.
O que se entende por assedio moral hoje,é a prática de expor os trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. O assedio pode acontecer também com a manipulação degradante, negativa deliberada das condições e local de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados. No entanto, um ato isolado dessa característica, pode ser considerado em certos casos um ato isolado de violência de alguma espécie,mas não uma