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1 Correntes da economia do meio ambiente

1.1 Economia ambiental neoclássica

A teoria ambiental neoclássica surgiu a partir do momento em que o sistema econômico se viu pressionado a considerar a problemática ambiental em seu esquema analítico. O principio de que o meio ambiente é fornecedor de materiais e ao mesmo tempo receptor de resíduos e rejeitos, fez com que a análise econômica se preocupasse com temas ligados à escassez crescente de recursos e também com a poluição gerada pelo sistema econômico. Com isso, desenvolveram-se duas ramificações da teoria ambiental neoclássica: a teoria da poluição e a teoria dos recursos naturais. A primeira, considerada como o ramo mais importante da teoria ambiental neoclássica, tem como substrato a teoria do bem-estar e dos bens públicos, elaborada por Pigou nas primeiras décadas do século XX. Ela foca o meio ambiente – um bem público – na sua função de receptor de rejeitos, considerando a poluição como uma externalidade negativa. A economia dos recursos naturais, por sua vez, considera o meio ambiente sob a ótica de provedor de recursos ao sistema econômico. Nesse ramo da teoria ambiental neoclássica, procura-se responder a questões referentes ao padrão ótimo de uso desses recursos, qual o manejo adequado dos recursos renováveis e qual a taxa ótima de depleção dos recursos não renováveis.

Para a economia ambiental, cuja raiz teórica é a economia neoclássica, a poluição acontece devido a uma falha no sistema de preços, ou seja, porque não se obriga o produtor a pagar pelo uso que ele faz do meio ambiente para despejar seus dejetos. A teoria neoclássica centra sua análise sobre o problema da alocação ótima de recursos, sendo que o sistema de mercado determina um equilíbrio único e estável. A análise econômica neoclássica se esforça para confiar ao mercado a resolução dos problemas ambientais.

Difundida a partir da década de 80, a economia ambiental foca à questão da poluição, avaliada como uma externalidades do

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