As Violas De Queluz
Deixando-se provocar pela história de nossas cidades
AS VIOLAS DE QUELUZ
Outubro de 2014
Título: As Violas de Queluz
Temática: A Cultura Musical de Conselheiro Lafaiete
O que me motivou a pesquisar sobre as Violas de Queluz? Uma ótima oportunidade para saber coisas por trás de uma cidade que não tem quase nada histórico nos dias atuais. Está cercada por carros, casas e alguns prédios. As pessoas quase não se importam com o fato de que o presente nada mais é que uma consequência do passado. Sem a antiga Queluz de Minas não existiria Conselheiro Lafaiete. Sem a cultura, sem os solares, casas que hoje dão lugares aos prédios e sem os cidadãos que construíram a cidade no passado, o presente não existiria e não daria condições de existir um futuro. A ideia de poder conhecer o que fez parte da história da minha cidade há tantos anos atrás, foi algo muito interessante, pois se trata da cultura de um instrumento que era capaz de levar diversão e alegria aos moradores da cidade nos séculos passados. 1- Origem A viola de Queluz foi a primeira a incorporar um trabalho de marchetaria que depois foi adotado por diversas outras violas do Brasil. Os fabricantes da viola de Queluz eram famílias tradicionais, sendo que algumas delas descendiam de imigrantes portugueses. Aqui elas continuaram com a arte da produção, o que faz o que faz da viola de Queluz uma sucessora da viola portuguesa, só que com a cara totalmente brasileira. O corpo tem o padrão da viola lusitana, mas aqui ela adquiriu uma identidade própria. Tanto que, nessa incorporação, ela ganhou ares de barroco mineiro. Vemos, naquelas violas mais trabalhadas, o retrato puro de uma herança do barroco, especialmente de sua fase mais rebuscada, que