As resistências à explicação sociológica

1789 palavras 8 páginas
INSTITUTO SUPERIOR DE SERVIÇO SOCIAL DO PORTO

“As Resistências à explicação sociológica”
Margaret A.Coulson e David S.Riddell, Approaching Sociology. A critical Introduction, Londres, Routledge & Kegan Paul, 1970, in A. Sedas Nunes, Sobre o problema do conhecimento em Ciências Sociais, Lisboa, GIS. 1973

Ana Isabel Ferreira, Raquel Brandão e Verónica Coelho

Docente: Marielle Gros
Senhora da Hora, 2015

1 Indivíduo e Sociedade

Depois de 6 anos de ensino da Sociologia, os autores do texto chegaram à conclusão que os estudantes têm dificuldades em perceber a forma como a sociologia estuda o comportamento humano. Para a Sociologia, os comportamentos dependem fundamentalmente das pressões que os grupos a que os indivíduos pertencem exercem sobre eles. A título do exemplo, as mulheres em Portugal consideram, hoje, perfeitamente normal votar. Mas se estas mulheres tivessem nascido 70 anos mais cedo, esta conduta não ocorreria porque o grupo a que pertenceriam (sociedade portuguesa) era dominada por um regime ditatorial que retirava este direito às mulheres (e até aos homens). Ainda, hoje, para mulheres e homens que aprenderam a reconhecer a importância dos direitos políticos ou cívicos, votar é entendido como um dever, enquanto para outros, que não cresceram num meio social em que se valoriza a participação cívica, votar é um acto sem importância e perfeitamente dispensável. Estes últimos nem pensam nas consequências possíveis do facto de não expressarem o seu voto.
A dificuldade em compreender o objeto da sociologia não advém apenas de uma definição vaga do objecto desta disciplina, mas sim de dois argumentos distintos. O primeiro diz-nos que cada indivíduo é diferente de qualquer outro e por isso é difícil explicar o seu comportamento enquanto grupo. O segundo diz-nos que esse tipo de explicação é contrário à doutrina do livre-arbítrio (sistema de ideias que permite que o indivíduo seja livre de tomar as suas decisões).
Antes de discutirmos se os

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