As redes de atenção à saúde

As redes de atenção à saúde Vivenciamos um momento de transição demográfica acelerada e uma transição epidemiológica singular, onde se apresenta intensamente as condições crônicas. Com sistemas de atenção à saúde fragmentados e voltados para as condições agudas, os programas de atenção a saúde não conseguem atingir as necessidades de toda a população. Tendo em vista que, com uma população mais envelhecida aumentam as doenças crônicas, já que estas atingem em maior número as pessoas idosas. No Brasil a situação epidemiológica distancia-se da transição epidemiológica de países desenvolvidos. A problemática vem desde a industrialização, que fez com que houvesse o êxodo rural e as cidades “inchassem”, crescendo assim com a mínima infra-estrutura e acelerando etapas do desenvolvimento. Com isso a inserção das mulheres no mercado de trabalho, fazendo com que houvesse uma queda na fecundidade. Além disso, o aumento na expectativa de vida da população, que muda o cenário demográfico brasileiro. Porém mais uma vez o país não se encontra preparado para as mudanças na sociedade. Pois a transição epidemiológica brasileira ocorreu com ‘’superposição de etapas, com a persistência concomitante das doenças infecciosas e carenciais e das condições crônicas’’ (As redes de atenção à saúde; pg.5). Essa situação é definida como tripla carga de doenças, pois envolve uma agenda não concluída de infecções, o desafio das doenças crônicas e de seus fatores de riscos e o forte crescimento da violência e das causas externas. É impossível solucionar a situação da saúde de tripla carga de doença, com preponderância das condições crônicas com sistemas de saúde fragmentados e voltados para solução de doenças agudas. Para que haja solução é necessário que sejam implantadas redes de atenção a saúde, que busquem restaurar a integração entre a situação da saúde de tripla carga de doenças com predominância de condições crônicas e o sistema de atenção à saúde. As redes de atenção à saúde