As mulheres no brasil impérop

INTRODUÇÃO
A situação das mulheres no período Imperial (1822 - 1889) não diverge muito da vivida durante o sistema colonial. A sociedade continua dividida tendo como um de seus critérios o sexo: os homens eram tidos como superiores independentes de sua classe social, a simples condição de ser homem o tornava mais importante e lhe dava uma serie de direitos aos quais as mulheres não teriam acesso, como por exemplo, o direito de votar – de ser considerado cidadão.
A condição das mulheres burguesas no período Imperial era a condição de estar submissa a regras e códigos de conduta e boa postura. Estar constantemente vigiada e analisada por aqueles ao seu redor para que não cometessem erros e nem se desviassem daquilo que lhes era imposto pelo pai ou pelo marido já que a imagem do homem público dependia muito da conduta que as mulheres – esposa, sobrinhas, tias, filhas, irmãs - a sua volta levavam.
Ser mulher burguesa implicava em carregar nas costas a responsabilidade pelo sucesso de sua família. A burguesa era a mulher submissa ao marido, o retrato da dedicação ao lar, aos filhos – o tesouro do homem que buscava manter ou elevar seu status social. A mãe burguesa era também a responsável pela educação de seus filhos, era ela quem deveria garantir que eles não ficassem soltos sob a influência de amas, negras, estranhos ou “moleques” de rua que eram vistos como mau exemplo a seguir.
As mulheres negras – as escravas - tiveram papel importante na luta abolicionista e na preservação da cultura africana em solo brasileiro, já que muitos rituais, por exemplo, os religiosos dependiam de mulheres para que fossem realizados. É durante o Império que é formulada a “Lei do Ventre Livre” que declara a condição de livre os filhos da mulher escrava nascidos a partir da data em que a lei foi sancionada. A mulher negra também se encontrava ligada a prostituição, obrigada pelos seus senhores que visavam aumentar sua renda.
A prostituição era vista como o “mal necessário”, a ela