As mudanças na política e na administração pública
As manifestações populares espontâneas nas ruas no dia 15 foram uma demonstração de que somente o povo, de maneira ordeira nas ruas, pode forçar as mudanças, colocando medo nos políticos, forçando-os a votar coisas de interesse da população. Precisamos de um caminho para que a sociedade exija que os políticos aprovem as mudanças que o povo deseja, pois a via é a democrática. Estas mudanças são em três vertentes: na esfera política, na esfera administrativa e na fiscal-monetária. O presente artigo só tratará das duas primeiras esferas.
No plano político, por meio da almejada reforma política, devemos extinguir os 32 atuais partidos e permitir a criação de no máximo cinco novos partidos. Assim, a pressão política do Congresso será menor. Seria instituída a fidelidade partidária e sem as coligações estaduais. Deve-se implantar o voto distrital, permitindo que gente séria e com menos recursos possa se candidatar e ganhar. Seria proibido o financiamento de campanhas por meio de doações de empresas. Políticos não mais poderiam abandonar o mandato para se candidatar a outro cargo. Também é preciso unificar as eleições municipais, estaduais e federais, com o intuito de impedir as coligações absurdas que só atendem a interesses pessoais. E deve-se adotar o voto facultativo.
Também é preciso tornar o Bolsa Família um programa de Estado, não vinculado a um partido, para desvinculá-lo de votos. Deve-se acabar com a aposentadoria especial de senadores, deputados federais, estaduais e vereadores. O tempo no cargo contaria apenas como tempo de serviço para fins de aposentadoria no setor público. Os políticos seriam obrigados a ter estilo de vida semelhante ao das pessoas comuns da sociedade, a exemplo do que ocorre nos países nórdicos. É preciso extinguir o número absurdo de assessores que têm os deputados estaduais, federais e senadores, ficando as assessorias técnicas vinculadas apenas aos cinco partidos para a elaboração de