As Freiras

1232 palavras 5 páginas
A ex-freira e historiadora inglesa Karen Armstrong
“Não haverá paz entre as religiões até que haja paz entre as nações.” Na avaliação da professora Karen Armstrong, ex-freira e uma das pesquisadoras de história das religiões mais respeitadas no mundo, um "nacionalismo religioso" toma conta atualmente dos pólos opostos: no Oriente, os países islâmicos capitaneados atualmente pelo Irã, e no Ocidente, representado pelo cristianismo reacionário dos Estados Unidos. O resultado são conflitos violentos motivados por questões políticas, mas com feições de choque religioso.
Segundo ela, é completamente equivocado ligar os muçulmanos à violência pela religião, como fez o Papa Bento XVI. “O Islã não se estabeleceu através da violência. A idéia de que o Islã é uma ‘religião da espada’ foi uma invenção dos cristãos ocidentais durante a época das Cruzadas (episódio violento iniciado pela Igreja Católica)”, explicou.
Entrevistada com exclusividade pelo G1 a respeito dos conflitos motivados pelas declarações em que o Papa Bento XVI ligava o Islã à violência, a professora do Leo Baeck College de Estudos do Judaísmo e Treinamento de Rabinos e Professores, membro honorário da Associação Muçulmana de Ciências Sociais e autora de mais de uma dezena de livros sobre islamismo, judaísmo, cristianismo e budismo, como “Islã” (Objetiva), "Através do Portão Estreito", "Guerra Santa" e "Maomé" (lançados no Brasil pela Companhia das Letras), entre outros, ofereceu uma análise mais ampla de toda a relação entre Ocidente e Oriente.
Segundo ela, os países do oeste são incuravelmente islamofóbicos. “Hoje em dia os muçulmanos de todo o mundo se sentem atacados. Muitos acreditam que o Ocidente começou uma nova Cruzada contra o Islã”, disse. Por outro lado, motivados politicamente (“a hedionda violência que estamos vendo emanar do mundo muçulmano não é o resultado da religião do Islã, mas sim motivada pela política”), os muçulmanos agem de forma violenta, alimentando o preconceito ocidental.

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