As formações sociais da bacia do nilo (egito)

No presente ensaio serão tratadas as formações sociais da bacia do Nilo, mas para tal, precisamos falar dos problemas da historiografia africana. Pois devido a estes problemas algumas destas formações sociais demoraram a serem descobertas.
O grande problema das fontes sobre o período de alguns milênios a.C. é que grande parte das fontes geradas mais tarde sobre eles são derivadas da oralidade, muitas vezes muito entrelaçadas com lendas e mitos, o que faz com sua veracidade seja bastante discutida. Ainda neste ponto temos o problema de fontes literárias, como os gregos Heródoto e Diodoro de Sicília, no qual o primeiro mesmo sendo considerado o pai da história, ainda tem sua escrita muito discutida em termos de veracidade, já que também mitifica algumas passagens, os dois autores ainda enfrentam outro problema, muitos de seus escritos foram feitos a partir de histórias orais e narrações de outros viajantes. Além de todos estes problemas citados acima, ainda temos a subjetividade do autor, algo que ainda é discutido para autores atuais.
Mesmo com todos estes problemas é de conhecimento a existência de algumas formações sóciais na bacia do Nilo, na qual a mais conhecida é o Egito. Este pode ser considerado a mais importante e bem organizada das civilizações do Nilo, mas não foi a única, existiram também Núbia, Kush e Axum, na qual as três civilizações se confunde, já que uma dominou a outra e acabaram por se absorver.
Vamos primeiramente fala do Egito, suntuoso e faraônico, mas que carrega ate os dias atuais o maior problema historiográfico da África, “os egípcios eram ou não negros?” esta pergunta feita até os dias atuais por diversos historiadores, já foi respondida de várias maneiras, de acordo com a sua pertinência. Muitos historiadores bem como Heródoto, creem que os egípcios eram sim negros, que sofreram o branqueamento com as dominações mediterrânicas e asiáticas, já outros, principalmente os do período entre os séculos XV e XIX quando a ideia de raça foi