As entrelinhas da nova equipe econômica

O mistério acabou. Hoje finalmente a Presidente Dilma anunciou o trio que integrará sua equipe econômica. São eles Joaquim Levy, novo ministro da fazenda, Nelson Barbosa, no ministério do planejamento, e Alexandre Tombini, que continua no Banco Central do Brasil. Nenhuma surpresa, tendo em vista que já conhecíamos a decisão de Dilma a algum tempo. O fato é que, além da previsibilidade, o mercado reagiu bem à nomeação da equipe econômica, e neste momento os brasileiros se perguntam: “E agora? O que muda?”.

Primeiramente, vamos desvendar o atraso da oficialização dos nomes. Na semana passada, jornalistas de todo o Brasil foram convocados para uma coletiva onde finalmente os nomes seriam revelados, mas pouco antes do momento da coletiva, já circulavam os nomes dos ministros como certeza. O planalto então cancelou o acontecimento, alegando que a Presidente havia se irritado com o vazamento das informações, e deixaria o anúncio para esta semana. Alguém acreditou nisso? Eu não, e vos digo o motivo. Toda esta cena, na minha opinião, foi proposital. Como vocês sabem, Dilma só tem uma chance para acertar. O Brasil se encontra em uma situação tão extrema, que uma equipe econômica que não agradasse o mercado poderia ser o começo do fim do segundo mandato da Presidente. Aí temos o golpe de mestre! Forjou-se um vazamento dos nomes dos novos ministros, e cancelou-se a oficialização, adiando ela para esta semana. Com isso, Dilma e sua equipe ganharam uma semana para analisar com cuidado a reação do mercado, da bolsa, do dólar e do meio político aos nomes. Como o mercado e os demais setores reagiram bem, hoje o Planalto oficializou os novos ministros. Faz sentido, não faz?

Voltando ao tema, quem acompanha o que escrevo sobre governos do PT, sabe que na minha singela opinião, o partido está dividido. Em um lado estão os petistas de Lula, que acreditam quem um bom governo se faz com medidas populares, que parecem melhorar o país, quando na verdade contribuíram para nosso