as dicotomias saussureanas
A linguística como ciência surgiu no século XIX com o Curso de linguística geral de Ferdinand Saussure. Este fez recortes a fim de definir seu objeto de estudo: a língua. Esta considerada um sistema de signos formados pela união de significante (imagem acústica) e significado (conceito). A linguística é uma parte da semiologia (ciência que estuda os signos), a parte que estuda os signos da linguagem humana verbal (oral ou escrita).
Significante/Significado
Vê-se que o que Saussure define o signo linguístico a uma entidade psíquica de duas faces, semelhante a uma moeda, onde de um lado está o significante e do outro o significado, que são inseparáveis, ou seja, quando vejo o significante CASA, o corpo da palavra, de imediato vem a minha cabeça a idéia de abrigo, lugar de descanso.
Porem o signo segundo o mestre tem caráter arbitrário. Não existe uma razão para que um significante esteja associado a um significado, o significante é imotivado não tem nenhuma relação com o significado. Isso explica o fato de que cada língua usa significantes diferentes para um mesmo significado (conceito). O que segundo o linguista não impede a possibilidade de existir certos graus de motivação, e propõe a existência de um “arbitrário absoluto” como exemplo os números dez e nove, e de um “arbitrário relativo” como exemplo a dezena dezenove. Onde os números são imotivados, mas a dezenas formadas por estes, é relativamente motivada.
A respeito da linearidade, este é um princípio que se aplica às unidades do plano da expressão (fonemas, sílabas, palavras), por serem estas emitidas em ordem linear ou sucessiva na cadeia da fala. Ou pronuncia-se “faca” ou “vaca”, “dente” ou “pente”. Não há um meio termo entre /v/ e /c/ nem entre /d/ e /p/, que são, desse modo unidades discretas, isto é separáveis, descontinuas, não coexistem, não são simultâneas.
Língua/Fala
A língua está no campo social, só existe de modo completo na massa, nos indivíduos